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Fondos BR SPAPESP AV - Arildo Vianna

Área de identidad
Código de referencia
Título
Fecha(s)
- 1921 - 1959 (Criação)
Nivel de descripción
Volumen y soporte
- Dimensão: 2 documentos
- Suporte: papel; papel emulsionado, tecido
- Gênero: textual; iconográfico
Área de contexto
Nombre del productor
Historia biográfica
Arildo Garção Vianna nasceu em Minas Gerais entre 1901 e 1904. Casado com Giselda Vianna, membro de família de nome tradicional paulista, teve dois filhos, sendo o primeiro de nome Ary (1) Foi funcionário público e tornou-se oficial do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (C.P.O.R.) no 3º Regimento de Infantaria (3º R.I.) da Praia Vermelha no Rio de Janeiro (2).
Arildo Vianna tomou parte ativa como tenente reservista, sob a liderança do general Isidoro Dias Lopes, do movimento de militares contra o governo de Arthur Bernardes e as oligarquias, que deflagrou em São Paulo no dia 05 de julho de 1924, cujas exigências eram a entrega do governo da União a um Governo Provisório e a convocação de uma Constituinte. No dia 12 de julho, São Paulo foi bombardeada por ordem do Presidente da República, Artur Bernardes, com total apoio do presidente do estado de São Paulo, Carlos de Campos, que se manteve sempre alinhado às ideias e políticas do presidente da república.
Na madrugada de 27 de julho de 1924, derrotados, os integrantes do movimento se retiraram da capital paulista. O movimento ainda se prolongou por meio do avanço da Coluna Paulista (julho de 1924 - março de 1925) e da Coluna Prestes (março de 1925 – fevereiro de 1927), com o intuito de levar a revolução pelo interior do Brasil (3). Arildo Vianna fez parte da “Coluna Cabanas” em campanha ao lado do coronel João Cabanas no ano de 1924 e integrou, como tenente comissionado do serviço de transmissões, o grupo de membros do Estado Maior da Divisão e Comando dos Destacamentos, que passava pela cidade de Goiana (PE) desde Porto Nacional (TO) em 19 de outubro de 1925. Foi preso em 1926 na Ilha das Cobras no Rio de Janeiro (4).
Arildo Vianna atuou como 2º tenente na Revolução de 1930, prolongamento do movimento tenentista de 1924, que eclodiu no dia 03 de outubro do mesmo ano, em princípio no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, e se estendeu a todos estados brasileiros, envolvendo várias lideranças como Juarez Távora, Isidoro Dias Lopes, João Alberto e Miguel Costa, sob chefia do tenente-coronel Góis Monteiro (5).
Em 02 de novembro de 1930, mediante o êxito da Revolução de 1930, sob a liderança do marechal Isidoro Dias Lopes, Arildo Vianna convocou todos os que tomaram parte ativa no movimento armado de 1924, entre oficiais, sargentos e praças, para o comparecimento diário no Quartel General localizado na Hospedaria da Imigração à rua Visconde de Parnaíba em São Paulo (6).
Arildo Vianna era 2º tenente, oficial das transmissões do Batalhão “Siqueira Campos”, acantonado no quartel da Hospedaria dos Imigrantes, sob o comando do capitão Tito de Siqueira Campos, na mesma época tendo-se tornado Secretário da Segurança Pública, no Governo de Getúlio Vargas, Miguel Alberto Crispim da Costa Rodrigues, o general Miguel Costa, uma das lideranças na Revolução de 1924 e de 1930, ao lado de Isidoro Dias Lopes. Arildo Vianna foi nomeado escrevente da Comissão Central de Sindicância do Estado de são Paulo em 18 de abril de 1931, incumbida do serviço de liberação ou oneração parcial de bens (7).
Em 09 de julho de 1932, com o crescente movimento de oposição ao Governo Provisório de Getúlio Vargas, irrompeu a Revolução Constitucionalista de 1932, liderada pela Frente Única Paulista, formada pela aliança entre os membros do Partido Democrático e Partido Republicano Paulista, que buscou apoio de Olegário Maciel, de Minas Gerais, e de José Antônio Flores da Cunha, do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, Pedro Manuel de Toledo foi aclamado como governador de São Paulo, líder oficial de governo no Movimento Constitucionalista de São Paulo, em defesa da Constituição e da autonomia de São Paulo (8).
Por ordem do general Isidoro Dias Lopes, seu chefe desde o movimento armado de 1924 e 1930, Arildo Vianna se apresentou ao capitão Domingos Ramos, que então organizava o Batalhão “7 de setembro”, dando-lhe o comando de uma companhia. No início da campanha foi comissionado no posto de capitão comandante de uma das companhias do Batalhão “7 de Setembro”, cujo acantonamento era na Fazenda do Batedor, em Cruzeiro (SP). Tomou parte nos combates em Guaxupé (MG) e posteriormente na “Fazenda Pedro Morais”, entre Engenheiro Bianor e Engenheiro Passos, onde foi ferido (9).
Foi posteriormente promovido a major e prestou seus serviços até o final da luta armada, estando em Engenheiro Neiva, quando foi surpreendido pela notícia do acordo de armistício feito pelo coronel Herculano de Carvalho e Silva, comandante da Força Pública. Terminado o Movimento Constitucionalista, Arildo Vianna recolheu-se na capital de São Paulo. Arildo Vianna ainda colaborou e se envolveu com vários acontecimentos e eventos relacionados à comemoração dos movimentos do qual foi protagonista. (10)
(1) Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(2) No álbum de memórias (nº 1) de Arildo Vianna está seu retrato, sem data, tirado quando foi oficial do C.P.O.R. no 3º R. I. da Praia Vermelha no Rio de Janeiro (RJ). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(3) CARONE, Edgard. O Tenentismo. São Paulo: DIFEL/DIFUSÃO EDITORAL SA. 1975.
(4) Arildo Vianna aparece em retrato com colega oficial também preso na Ilha das Cobras no Rio de Janeiro em 1926. Álbum de memórias (nº 1). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(5) Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(6) Após a vitória da Revolução de 1930, os oficiais do Batalhão “Siqueira Campos” se alojaram na Hospedaria dos Imigrantes. Essa informação está junto a retrato do general Miguel Costa, capitão Tito de Siqueira Campos, tenentes José Bello Netto, Otaviano (pagador), Arildo Vianna (transmissões), Padilha, todos componentes da Coluna Prestes, alojados na Hospedaria dos Imigrantes em 1930, após a vitória da Revolução. Álbum de memórias (nº 1). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(7) Edital de nomeação dos membros da Primeira Comissão Especial de Sindicância, publicado no jornal “O Tempo” em 19/04/1931. Álbum de memórias (nº 1). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(8) https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeirarepublica/REVOLU%C3%87%C3%83O%20DE%201930.pdf. Acesso em 12/07/2024.
(9) Essa informação está na cópia de declaração, com reconhecimento de firma, do capitão Ramos a respeito do serviço de Arildo Vianna no posto de capitão comandante de uma das companhias do Batalhão “7 de Setembro”. São Paulo. 12/09/1933. Álbum de memórias (nº 1). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1].
(10) Álbum de memórias (nº 1). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.1.1]; Álbum de memórias (nº 2). Fundo Arildo Vianna. Notação [BR SPAPESP AV 118.1.2.1].
Historia archivística
Os documentos do acervo de Arildo Vianna, segundo relatório do Arquivo do Estado de 1982, foram recebidos pela Seção do Pré-Arquivo por meio de doação realizada por Aspásia Vieira Ayer (1).
No “Guia do Arquivo do Estado de São Paulo”, de 2004, e no “Diagnóstico dos Arquivos Privados”, de 2007, o acervo de Arildo Vianna é mencionado como “Coleção Arildo Vianna”, “composta por documentos em sua maioria cartas, bilhetes, fotografias, relatórios e recortes de jornais, aglutinados em álbuns, com a temática relativa ao cotidiano dos levantes armados ocorridos em 1924, 1930 e 1932”.
Em 2022, foi realizado o tratamento técnico dos dois álbuns de memórias de Arildo Vianna, compostos na totalidade por 193 itens documentais. O tratamento envolveu a identificação do tipo de cada item documental constituinte dos álbuns, da localidade e data de sua produção, e respectiva descrição de seu conteúdo. A síntese do tratamento foi o diagnóstico dos seguintes dados relativos aos itens documentais componentes de cada álbum: nº de notação da caixa, da pasta e do documento (álbum), espécie e tipo do item documental integrante do álbum, descrição do respectivo conteúdo, nome do remetente e do destinatário da correspondência, tipo de atividade relacionada à produção do documento, nº de itens, folhas e páginas com informação, gênero, suporte e técnica de registro das informações, localidade e data de produção de cada item documental.
(1) Relatório de atividades da Seção do Pré-Arquivo. Arquivo do Estado. Secretaria de Estado da Cultura. 01/04/1982. Documento [400.1.69.14] – Caixa [400.1.69.1 – 400.1.70.30].
Origen del ingreso o transferencia
Área de contenido y estructura
Alcance y contenido
O fundo é constituído por dois álbuns de memórias de Arildo Vianna, que reúnem em dois volumes encadernados documentos textuais e iconográficos sobre sua participação na Revolução de 1924 e 1930 e na Revolução Constitucionalista de 1932. Os documentos registram a atuação de Arildo Vianna, outros soldados e oficiais em três momentos: nas campanhas durante o movimento revolucionário de 1924, na mobilização da Revolução de 1930 e na operação do Movimento Constitucionalista de 1932. Documentos mais recentes representam seu envolvimento nas solenidades e comemorações em homenagem aos movimentos revolucionários de 1924 e 1932 e aos seus combatentes.
Os álbuns de memórias são compostos por documentos textuais e iconográficos, produzidos entre 1921 e 1959. São artigos, crônicas, notas, notícias, reportagens, poemas e fotos-legendas de jornais e revistas, retratos, fotografias oficiais, cartas, ofícios, bilhetes, cartão, telegramas, avisos, ordens de operação, editais, salvos-condutos, declarações, certificado, atestado de saúde, lista de soldados, necrológio, relatório, boletim de ocorrência, recibo, insígnia e mapas (esboços). Junto a alguns documentos, principalmente retratos, fotografias oficiais, notas, fotos-legendas e reportagens de jornais, há legendas, explicações e comentários de seu conteúdo.
Os documentos retratam a atuação de Arildo Vianna como oficial na Revolução de 1924 e na Revolução de 1930, adido ao Estado Maior da 2ª Região Militar, e 2º tenente oficial das transmissões no Batalhão “Siqueira Campos”, acantonado na Hospedaria de Imigrantes. Destacam-se os retratos dos componentes da Coluna Prestes, dos antigos combatentes da Revolução de 1924 e de 1930 e dos integrantes do Batalhão “Siqueira Campos” após a vitória da Revolução de 1930, reunidos no quartel general localizado na Hospedaria da Imigração.
A maior parte dos documentos registra a movimentação e o desempenho de Arildo Vianna como capitão no comando das ações dos soldados das tropas do Batalhão “7 de Setembro” na Revolução Constitucionalista de 1932.
Também compreendem os álbuns de memórias documentos que sinalizam a integração de Arildo Vianna à Sociedade Veteranos de 32 – M.M.D.C. e sua participação nas solenidades e cerimônias atreladas à memória dos combatentes e das entidades representantes do Movimento Constitucionalista de 1932.
Valorización, destrucción y programación
Accruals
Sistema de arreglo
O Fundo é composto por 2 documentos:
- 118.1.1.1 Álbum de memórias (1921-1959)
- 118.1.2.1 Álbum de memórias (1921-1959)
Área de condiciones de acceso y uso
Condiciones de acceso
Condiciones
- Reprodução de documentos textuais: o pesquisador que tenha interesse em reproduzir algum documento do acervo textual poderá fazê-lo com máquina fotográfica própria, mediante acompanhamento dos técnicos responsáveis, preenchendo o Termo de Responsabilidade no qual se compromete a atribuir os créditos ao Arquivo Público do Estado e declara estar ciente das penalidades previstas por lei quanto à divulgação destas informações.
- Reprodução de documentos iconográficos: É permitida a reprodução fotográfica digital em baixa resolução, sem a utilização de equipamentos auxiliares, como flash e tripé mediante o preenchimento do Termo de Responsabilidade.
- Serviço de digitalização: solicitações de digitalização são limitadas a uma quantidade máxima de documentos e exigem preenchimento do Termo de Responsabilidade. A digitalização de fotografias será realizada pelo Núcleo de Acervo Iconográfico. Caso a fotografia já esteja reproduzida em microfilme ou arquivo digital, a cópia deverá ser obrigatoriamente produzida a partir da matriz.
- Direito autoral: no caso de obras que não sejam de domínio público, a utilização é de responsabilidade exclusiva do usuário e depende da autorização expressa dos detentores dos direitos, ou na forma da Lei de Direito Autoral (Lei 9.610 de 16 de fevereiro de 1998).
Idioma del material
- portugués
Escritura del material
Notas sobre las lenguas y escrituras
Características físicas y requisitos técnicos
A maior parte dos documentos está bom estado de conservação.
Documentos digitalizados ou microfilmados devem preferencialmente ser acessados através de suas cópias preservando os originais.
Instrumentos de descripción
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Existencia y localización de copias
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- Arildo Garção Vianna (Creador)