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Diários Associados de São Paulo
Identificação
Tipo de entidade
Forma(s) autorizada(s) do nome
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) do nome
Identificadores para entidades coletivas
Descrição
Datas de existência
História
A formação do grupo Diários Associados iniciou-se no dia 2 de outubro de 1924. Nessa data, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello adquiriu seu primeiro veículo impresso: O Jornal, do Rio de Janeiro. Já em 2 de junho de 1925, o empresário assumiu o controle de seu primeiro periódico paulista, O Diário da Noite. Este fora lançado em 7 de janeiro de 1925, sob o controle de Plínio Barreto, Rubens do Amaral e Leo Vaz, mas acabou sendo comprado no mesmo ano por Chateaubriand, devido à forte crise financeira que enfrentava. Já o Diário de São Paulo surgiu em 1929, como seu segundo empreendimento jornalístico na capital paulista. Com esses dois veículos na capital paulista, “Chatô” passou a concorrer em pé de igualdade com o tradicional O Estado de São Paulo, inclusive como formador de opinião.
Nas décadas seguintes, o grupo Diários Associados continuou crescendo no país inteiro. Em 1928, era fundada a revista O Cruzeiro, que inovou o segmento com a utilização intensiva de fotografias e apresentação gráfica inovadora. No ano seguinte, Assis Chateaubriand adquiriu O Diário de Notícias gaúcho. A década de 30 representou um período de rápida expansão dos Diários. É deste período a fundação da Agência Meridional de Notícias (1931), uma das primeiras na área de radiodifusão; a aquisição da tradicional revista feminina A Cigarra (1934); e a fundação da Rádio Tupi AM (1935), que marcou época no cenário musical brasileiro. Os anos 40 foram marcados pela aquisição e/ou fundação de outras estações de rádio no país, na Bahia, em Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte, Rondônia e Paraíba.
Em 1950, Assis Chateaubriand fundou a primeira emissora de TV da América Latina, a Tupi. Ao lado de jornais e emissoras de rádio, o grupo agora possuía estações televisivas; além disso, continuava a adquirir jornais no Brasil inteiro. Mas os Diários cresciam sobre uma estrutura caótica, e que acumulava dívidas. A situação agravou-se em 1959, quando Assis Chateaubriand criou o Condomínio Acionário, formado por 22 condôminos. Os integrantes do grupo teriam como tarefa garantir a perenidade de todos os veículos de comunicação dos Diários Associados – mas sem que fossem donos do conglomerado. A iniciativa criou problemas jurídicos e organizacionais ao grupo, e acelerou o processo de decadência da empresa. No final da década de 1970 a crise agravou-se, principalmente entre as empresas paulistas.
Em 2 de julho de 1979, o Diário de São Paulo encerrou suas atividades; logo depois, várias empresas do Condomínio Associados de São Paulo (Rádios Difusora e Tupi, TV Tupi, Diário da Noite e Diário de São Paulo) pediram concordata preventiva, estabelecendo um prazo de dois anos para pagar suas dívidas. naquele mesmo ano, o Diário da Noite deixou de ser publicado. Em 24 de junho de 1980, o pedido de concordata do Diário de São Paulo foi concedido. Em 7 de julho de 1988, a justiça paulista deferiu o pedido de concordata da S/A Diário da Noite de São Paulo, determinando a suspensão das ações e execuções contra o grupo, e dando-lhe um prazo para pagar os credores em duas prestações anuais. Este acordo nunca foi cumprido, o que levou à falência da empresa.