Destaques
Secretaria de Governo da Capitania (1721-1823)
A Secretaria de Governo da Capitania representa o embrião da administração pública do Estado de São Paulo. Criada em 1721 para dar suporte ao governo dos capitães-generais e às determinações da Coroa portuguesa, a Secretaria de Governo da Capitania é o mais antigo e um dos mais ricos acervos sobre o período colonial na Capitania, que chegou a abrigar um território correspondente aos atuais estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Santa Catarina.
Secretaria de Governo da Província (1823-1892)
A Secretaria de Governo da Província era o órgão central da administração provincial no tempo do Império. Era responsável por executar e fazer executar as leis, fomentar a agricultura e a indústria, promover a educação, gerir obras públicas, fiscalizar a arrecadação, examinar as contas de receita e despesa da província e inspecionar todas as repartições do estado, nomeando, suspendendo ou dispensando seus funcionários. É um dos mais íntegros e completos acervos de documentos públicos do Arquivo do Estado.
Secretaria de Governo do Estado de São Paulo/Casa Civil (1931 -)
Responsáveis pela assessoria do governador, entre outras atribuições, a Secretaria de Governo e a Casa Civil formaram um acervo indivisível, constituído no tempo em que ambas se alternaram no organograma da administração estadual. Esse acervo possui uma série praticamente completa de leis e decretos originais, que passaram pela sanção do governador antes de serem publicados, desde 1835. Possui também acervos de órgãos extintos como o Departamento de Mineração Metalúrgica (1932), o Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (1940-1950), o Conselho de Expansão Econômica (1938-1948), a Diretoria Regional de Defesa Passiva Antiaérea (1938-1945) e o Conselho Estadual de Bibliotecas e Museus (1938-1948), além de processos da Assessoria Técnico-Legislativa, fotos e filmes da Assessoria de Imprensa do Palácio, ofícios dirigidos ao Interventor Fernando Costa (1941-1943) e livros de registro de correspondência e telegramas expedidos de outros governadores, como Júlio Prestes de Albuquerque.
Comissão Teotônio Vilela (1983-2016)
A Comissão Teotônio Vilela foi uma organização não governamental fundada em São Paulo em 1983, durante o período de transição democrática, por professores, advogados, jornalistas e religiosos, com o propósito de promover e defender os direitos humanos. O acervo da CTV reúne uma documentação ímpar e de suma importância para a compreensão da história recente do Brasil.
Inês Etienne Romeu (1942-2015)
Inês Etienne Romeu (1942-2015) foi uma importante protagonista na história do Brasil. Combateu ativamente o regime militar e foi presa ilegalmente em 1971, sendo a única sobrevivente da chamada “Casa da Morte” de Petrópolis (RJ), cuja a existência foi revelada por ela. Historiadora, no final da década de 1980 tornou-se diretora do Arquivo Público do Estado de São Paulo. O acervo é composto por documentos que retratam sua vida pessoal, profissional e política. Destacam-se as cartas, fotografias e relatórios da época em que esteve presa e o período imediatamente posterior a sua libertação em 1979; e na vida profissional as fotos e documentos de eventos no Arquivo Público do Estado de São Paulo num período em que procurava-se consolidar a arquivística e a gestão documental no estado.
Laudo Ferreira de Camargo (1881-1963)
Laudo Ferreira de Camargo, exerceu carreira jurídica como advogado, promotor público, juiz de direito, diretor do Palácio da Justiça e ministro do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 1931 assumiu a Interventoria Federal do Estado de São Paulo. Sua administração foi fortemente pressionada pelos tenentistas obrigando-o a renunciar, ato por ele justificado no Manifesto aos Paulistas. Continuou sua trajetória profissional na magistratura chegando a presidência do Supremo Tribunal Federal. O fundo reúne documentos relativos à sua vida profissional e pública, compreendendo o período da Interventoria e sobretudo sua carreira jurídica.
José Vieira Couto de Magalhães (1837-1898)
José Vieira Couto de Magalhães, doutor em Direito, conselheiro de Estado, deputado geral de Goiás e Mato Grosso, secretário de governo de Minas Gerais, presidente das Províncias de Goiás, Pará, Mato Grosso e São Paulo entre 1860 e 1889. Com êxito na Guerra do Paraguai, recebeu o título de general. Empreendeu a navegação fluvial no rio Araguaia e fundou a Sociedade de Imigração São Paulo. Produziu obras de linguística, botânica, etnologia e antropologia. Associou-se ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e participou da fundação do Banco de São Paulo. Foi o último Presidente da Província de São Paulo. O fundo contém cartas recebidas que tratam de nomeações e finanças, além de diários íntimos escritos, em sua maior parte, em Londres onde negociava ações da Minas and Rio Railway, estrada de ferro de sua propriedade.
Secretaria de Viação e Obras Públicas (1925-1963)
A Secretaria de Viação e Obras Públicas foi uma das mais importantes secretarias paulistas, responsável por obras como as de abastecimento de água da capital e de implantação do sistema de estradas de rodagem na década de 1930, além das obras de construção de prédios públicos, pontes e estradas em todo território paulista. O fundo abriga também um grande número de documentos contábeis e administrativos das companhias ferroviárias encampadas ou adquiridas pelo Estado, como as estradas de ferro Sorocabana, Araraquara, Mogiana, São Paulo-Minas, Bragantina, Monte Alto e o Tramway da Cantareira.
Secretaria de Obras e Meio Ambiente (1975 – 1986)
A Secretaria de Obras e Meio Ambiente veio a suceder a Secretaria de Serviços e Obras Públicas, acumulando documentos do Departamento de Edifícios e Obras Públicas (DOP), entidade autárquica responsável pela construção e reforma de prédios públicos, pontes e estradas municipais com ajuda do governo estadual. Trata-se de um pequeno fundo formado por atas do Conselho Consultivo do DOP, relatórios e estudos de projetos produzidos entre 1967 e 1986.
Fundação do Desenvolvimento Administrativo – FUNDAP (1974-2016)
A Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) foi concebida com o objetivo de contribuir para a elevação dos níveis de eficácia e eficiência da administração pública, promovendo a formação de servidores, o desenvolvimento da tecnologia administrativa e a prestação de assistência técnica. Seus projetos inovadores de consultoria organizacional, cooperação técnica, ensino e pesquisa tornaram a Fundap uma referência em âmbito estadual e federal. Esses projetos e muito mais foram recolhidos ao APESP em 2016 e 2017.
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE (1975 – )
A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) é responsável pela produção e disseminação das estatísticas demográficas e socioeconômicas do estado de São Paulo. Criada em 1978, seu fundo acumula publicações e quadros estatísticos produzidos pela Repartição de Estatística e Arquivo do Estado e pelo Departamento Estadual de Estatística, instituições que produziram dados demográficos, econômicos e sanitários dos primórdios da República até a década de 1970.
Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai – CIBPU (1951-1972)
A CIBPU se destacou como uma das primeiras instituições de planejamento regional do Brasil, responsável pala elaboração de uma vasta gama de estudos, planos e projetos na região da Bacia dos rios Paraná e Uruguai. Atuante entre os anos de 1951 e 1972, a CIBPU foi criada com personalidade jurídica própria e gerida pelos estados membros do convênio de cooperação que a criou, embora fosse administrada, de fato, pelo governo do estado de São Paulo.
Divisão de Diversões Públicas do Estado de São Paulo (1958-1968)
A Divisão de Diversões Públicas do Estado de São Paulo acumulou mais de 6 mil processos de censura prévia de peças teatrais, produzidos entre 1926 e 1968, data em que o órgão foi extinto e suas atribuições transferidas para a Polícia Federal. Esses documentos vieram a constituir o “Arquivo Miroel Silveira”, abrigado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) até 2018, quando foram recolhidos ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. O recolhimento possibilitou que os processos de censura prévia ao teatro fossem reintegrados ao fundo Secretaria de Segurança Pública e convertidos no Grupo Diversões Públicas. Trata-se de um acervo único para o estudo do teatro paulista e da política de censura no Brasil.
José da Costa Carvalho (1796-1860)
José da Costa Carvalho foi juiz de fora e ouvidor de São Paulo e entre 1826 e 1852 assumiu vários cargos públicos como deputado, senador, membro da Regência Trina Permanente, deputado da Província de São Paulo, senador de Sergipe, conselheiro de Estado, ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império e presidente do Conselho de Ministros. Foi Presidente da Província de São Paulo em 1842 enfrentando a Revolução Liberal liderada por um de seus antecessores, Rafael Tobias de Aguiar. Fundou o jornal O Farol Paulistano, a Sociedade de Estatística do Brasil e a Associação Central de Colonização do Rio de Janeiro. Seu acervo reúne ofícios e cartas recebidas quando estava afastado da Corte no período de Regência.
Washington Luís (1869-1957)
Washington Luís Pereira de Sousa foi promotor público e advogado. Iniciou a vida política como vereador e presidente da Câmara de Batatais em 1897 e, entre 1897 e 1899, foi intendente do mesmo município. Entre 1904 e 1930 assumiu vários cargos públicos, como deputado estadual, secretário de Justiça, prefeito de São Paulo, presidente do governo de São Paulo, senador e presidente da República. A ênfase de sua política foi o transporte rodoviário, as exportações e o café. Valorizou a fundação de museus e a publicação de documentos históricos de arquivos públicos. O fundo contém grande número de documentos de cunho pessoal, histórico e predominantemente político, relativos à sua trajetória como homem público.
Carlos de Campos (1866-1927)
Carlos de Campos, filho de Bernardino de Campos, advogado, exerceu o mandato parlamentar como deputado estadual e federal pelo Partido Republicano Paulista entre 1894 e 1921. Assumiu a Secretaria de Estado da Justiça em 1896 e a presidência do Estado de São Paulo, entre 1924 e 1927, período em que, alinhado ao presidente da República Artur Bernardes, efetuou medidas de coerção contra os amotinados do movimento tenentista, entre outras, e a criação da Delegacia de Ordem Política e social. Foi redator do Correio Paulistano e compositor de valsas, polcas, suites, óperas e operetas. O fundo reúne majoritariamente cartas manifestando solidariedade ao governador durante a Revolução de 1924.
José Maria Whitaker (1878-1970)
José Maria Whitaker, advogado e dirigente de instituições financeiras. Como sócio de companhia comercial de café, dirigiu e presidiu a Associação Comercial de Santos. Foi um dos fundadores do Banco Comercial do Estado de São Paulo e da Companhia Americana de Seguros. Assumiu cargos públicos em que enfrentou conflitos em função de sua política econômica liberal, como presidente do Banco do Brasil em 1920, secretário da Fazenda no governo de São Paulo e ministro da Fazenda em 1930 e em 1955. Publicou artigos de matéria fazendária e continou à frente do Banco Comercial do Estado de São Paulo. Assumiu brevemente a administração paulista após a Revolução de 1930. Seu acervo reúne documentos de caráter pessoal e profissional, sobretudo os relacionados ao mercado financeiro.
Armando de Salles Oliveira (1887-1945)
Armando de Salles Oliveira, engenheiro civil, foi dirigente de empresas ferroviárias e hidrelétricas. Presidiu o jornal O Estado de São Paulo, foi membro do Partido Democrático e fundou o Partido Constitucionalista. Como Interventor Federal em São Paulo, e depois Governador Eleito pela Assembleia Constituinte, promoveu ampla reforma administrativa e criou novas instituições como a Universidade de São Paulo e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas. O fundo reúne cartas recebidas durante sua campanha presidencial para as eleições que seriam realizadas em 03 de janeiro de 1938, por fim impedida pelo golpe que instaurou o Estado Novo.
Partido Republicano Paulista Dissidente (1901-1906)
O Partido Republicano Paulista Dissidente nasceu em 1901 da cisão do Partido Republicano Paulista. Liderado por Prudente de Moraes, defendia a revisão constitucional, a República Parlamentar e os valores republicanos primordiais. Elegeu poucos membros nas eleições municipais em 1901 e obteve vitória eleitoral com a candidatura de Afonso Pena para a presidência da República em 1906, momento em que se reconciliou com o partido adversário pela criação da Liga Republicana. Seu acervo é composto pelas atas da Convenção do Partido, de 1901 e 1902, que registram o início de sua existência e os debates em torno de suas diretrizes.
Partido Constitucionalista (1934-1937)
O Partido Constitucionalista foi fundado por Armando de Salles Oliveira em 1934. Adversário do Partido Republicano Paulista, elegeu deputados estaduais e federais em São Paulo em 1934, deu vitória a Salles Oliveira nas eleições indiretas como governador e a seus dois senadores em 1935, e teve êxito com a eleição de prefeitos e vereadores na capital e algumas cidades do interior paulista. Foi extinto em 1937, com a instauração do Estado Novo. Seu diminuto acervo compreende fichas do Partido Constitucionalista, referentes à filiação partidária.
Rede Ferroviária Federal S.A. (1957-2007)
A Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) foi uma empresa estatal de capital misto, que reuniu 18 ferrovias regionais, à época que a administração destas foi federalizada. A parcela da documentação recolhida pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo corresponde à parte da produção iconográfica, sonora e audiovisual, por companhias ferroviárias paulistas durante os séculos XIX e XX. A documentação do fundo resgata o cotidiano de trabalho das empresas incorporadas pela RFFSA através do registro de funcionários, eventos, estações, maquinário, peças, malha e demais temas relacionados à infraestrutura ferroviária e suas funções administrativas.
Última Hora (1951-1972)
O jornal Última Hora, criado por Samuel Wainer, foi inovador na imprensa brasileira em diversos aspectos técnicos e de conteúdo. Com perfil marcadamente varguista, publicava principalmente sobre política e esportes, temas menos em voga nos outros jornais da época. Embora fosse um jornal de caráter popular, recebeu apoio da elite carioca e, mais tarde, da elite paulista, uma vez que a postura ideológica do jornal também correspondia aos seus interesses. O jornal Última Hora tornou-se a primeira cadeia jornalística nacional de caráter homogêneo, mantendo o mesmo título em todas as sucursais, até seu fechamento. O fundo contém documentos acumulados pelo Arquivo Técnico do jornal como dossiês (constituídos por fotografias, contatos, recortes de jornais e revistas, reproduções, folhetos, panfletos, biografias etc.); ilustrações e edições do jornal encadernadas ou microfilmadas.
Aqui São Paulo (1975-1978)
O semanário Aqui São Paulo foi fundado 1975 pelo jornalista Samuel Wainer e circulou até 1978, quando foi adquirido pelo Grupo Folha. Os documentos do jornal sob guarda do Arquivo Público do Estado de São Paulo são constituídos por 6.388 fotografias e 105 contatos fotográficos.
Universidade Livre de São Paulo (1911-1918)
A Universidade Livre de São Paulo, fundada em 1911 pelo médico Eduardo Augusto Ribeiro Guimarães, surgiu como instituição privada, sob a égide da liberdade de ensino e profissional. Instituiu, entre outras escolas, a primeira Faculdade de Medicina, com a policlínica e o hospital-escola, origem do Hospital da Caridade do Brás. Os documentos de seu acervo, majoritariamente produzidos entre 1911 e 1918, representam as atividades administrativas e acadêmicas das Escolas de Belas Artes, Comércio, Direito, Engenharia, Farmácia, Medicina e Cirurgia, Odontologia, do Hospital e de consulta médico-odontológica na Policlínica, além de incluir interessantes registros fotográficos.
Sociedade de Medicina Aplicada à Educação Física (1942-)
A Sociedade de Medicina Aplicada à Educação Física, foi fundada em 1942, para promover o estudo e a divulgação da medicina relacionada à prática de educação física e esportiva, no contexto de criação dos seus cursos especializados. Seu primeiro presidente foi o médico cardiologista Reynaldo Kuntz Busch, que exerceu o mandato onze vezes até 1973, quando doou ao Departamento do Arquivo do Estado as atas da Sociedade, produzidas entre 1942 e 1962, que registram as discussões sobre a normatização dos cursos, do exercício médico nas escolas e nos setores esportivos além de questões éticas e técnico-científicas.
Secretaria dos Transportes (1963-)
O Fundo Secretaria dos Transportes contém um acervo histórico fascinante sobre as ferrovias paulistas, desde 1869. São documentos de concessão, fiscalização e supervisão de praticamente todas as linhas e companhias ferroviárias do estado de São Paulo, do Império até a criação da FEPASA em 1972. Possui ainda documentos de obras de construção e conservação de estradas, regulamentação do transporte rodoviário e fiscalização de linhas de ônibus e balsas, produzidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) nos seus primeiros anos, entre as décadas de 1930 e 1950.
Ferrovia Paulista S.A (1971-1998)
No fundo FEPASA estão os documentos administrativos da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro e das ferrovias por ela incorporadas, como as Estradas de Ferro do Dourado, São Paulo-Goiás, Jaboticabal, Barra Bonita e Morro Agudo, além de uma coleção única de relatórios ferroviários, produzidos entre 1869 e 1983, e doados ao Arquivo Público do Estado pela FEPASA.
Secretaria de Relações do Trabalho (1946-)
A formação da Secretaria das Relações do Trabalho espelha os avanços da legislação trabalhista, contendo parte da documentação acumulada pela extinta Secretaria do Trabalho, Indústria e Comércio. O fundo contém documentos de assistência ao trabalhador, de gestão de recursos humanos e bens do Estado, além de processos e projetos das comissões de desenvolvimento do litoral paulista e da Ilha Anchieta, produzidos entre as décadas de 1960 e 1970.
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (1986-)
A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos forneceu ao Arquivo Público do Estado um acervo riquíssimo, composto especialmente por documentos acumulados pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). Fazem parte desse acervo, além dos prontuários de funcionários da antiga Repartição de Águas e Esgotos da Capital, documentos da Inspetoria de Serviços Públicos, responsável por fiscalizar o fornecimento de gás, luz e telefonia na capital e em outros municípios do estado, num período de grandes transformações para São Paulo. No fundo há ainda processos de construção de represas, regulamentação das baías hidrográficas e fornecimento de luz elétrica, produzidos entre os anos de 1910 e 1940.
Secretaria do Meio Ambiente (1986-)
Até o momento, o fundo possui poucos documentos dessa importante Secretaria, responsável, sobretudo, pela Política Estadual de Meio Ambiente. Entre os documentos que compõem o fundo, destaca-se um conjunto de processos do Serviço Florestal, produzido entre 1935 e 1941, tratando da manutenção de hortos, da guarda de reservas florestais e da criação da Diretoria de Silvicultura, em 1938.
Secretaria da Administração Penitenciária (1993-)
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) foi criada em 1993 para cuidar dos estabelecimentos prisionais do estado, da emissão de pareceres sobre livramento condicional e da reinserção dos condenados na sociedade, atribuições recebidas da Secretaria da Justiça. O fundo, por enquanto, não conta com os documentos acumulados pela SAP, mas possui os primeiros prontuários de internos do Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, produzidos entre 1897 e 1952.
Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (1998-)
A Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social atua para atender grupos em situação de vulnerabilidade, promovendo ações de integração social e acolhimento. O fundo é composto, basicamente, por prontuários da Central de Triagem e Atendimento, a CETREN, que tinha como função atender a população carente moradora da capital ou proveniente do interior do estado. Trata-se de uma documentação sensível, de acesso controlado, composta por laudos médico-psiquiátricos e informações pessoais, porém muito relevante para pesquisadores de diversas áreas.
Secretaria da Educação (1931-)
Criada em 1930, a Secretaria da Educação tornou-se o órgão responsável pela gestão e fiscalização da instrução pública e particular em todo estado de São Paulo. Com a restruturação da antiga Secretaria do Interior, a Secretaria da Educação ficou responsável também por outros órgãos, como o Departamento de Educação Física, o Conselho de Orientação Artística, o Museu Paulista, a Imprensa Oficial, a Pinacoteca e a Repartição de Estatística e Arquivo do Estado. Coube ainda à Secretaria da Educação zelar pelos assuntos referentes à saúde pública e aos serviços sanitários do estado até 1947, quando finalmente foi criada a Secretaria da Saúde e Assistência Social. Como se vê, o fundo Secretaria da Educação abriga diversos documentos, referente às atividades de cultura, educação e saúde, produzidos entre a década de 1930 e 1960.
Secretaria da Segurança (1906-)
A Secretaria de Segurança Pública é um dos mais extensos fundos do APESP, abrigando documentos acumulados pela antiga Secretaria de Polícia, criada em 1842, até dos atuais departamentos da Polícia Civil, da Superintendência de Polícia Científica e do Comando da Polícia Militar. Nele encontram-se também documentos de vários órgãos extintos, como o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS-SP), com mais de 3,5 milhões de documentos; a Guarda Civil; a Assistência Policial e a Guarda Noturna; além de livros de registro de delegacias da capital e do interior, produzidos entre os anos de 1880 e 1970. O fundo secretaria da Segurança Pública guarda, portanto, um alentado conjunto de informações sobre questões sociais, políticas e criminais, que ajudam a compreender a nossa história.
Secretaria da Agricultura (1892-)
Nas primeiras décadas do século XX, a Secretaria da Agricultura foi uma das mais atuantes secretarias do estado, responsável não apenas pela produção agrícola e pecuária, mas também pela indústria, comércio, transporte, comunicação, imigração e colonização, além dos serviços de obras do estado. Foi através dessa grande secretaria, em conjunto com a Secretaria da Fazenda, que o governo de São Paulo implementou sua política econômica e estabeleceu as bases da infraestrutura do estado.
Secretaria da Promoção Social (1967-1993)
A Secretaria da Promoção Social herdou toda documentação da Hospedaria de Imigrantes, mais tarde transformada em Museu da Imigração, bem como do extinto Departamento de Imigração e Colonização. Entre os documentos do fundo, destacam-se os livros de matrícula de imigrantes e os documentos que testemunham a criação de núcleos coloniais e o assentamento de famílias migrantes e imigrantes no interior paulista. São registros importantes para o estudo dos fluxos migratórios desde 1821, e das políticas de imigração e colonização do estado de São Paulo.
Secretaria do Interior (1892-1988)
Extinta em 1988, a Secretaria do Interior foi uma das mais importantes secretarias do estado de São Paulo durante as primeiras décadas da República, responsável pela reforma do ensino público e pelo combate às epidemias que ameaçavam a população no início do século XX. Exerceu também atribuições vitais, tais como a organização política do estado, a demarcação dos limites territoriais de São Paulo, a fiscalização das eleições, a produção de quadros estatísticos para a administração e a assistência aos municípios.
Secretaria da Justiça (1892- )
A Secretaria da Justiça é o órgão do governo do estado de São Paulo que mantém relações institucionais com o Judiciário, o Ministério Público e as entidades de defesa dos direitos humanos. De início, ela respondeu também pela segurança pública e a administração penitenciária, abrigou a Procuradoria de Terras do Estado, e acumulou um grande acervo que registra diversos momentos da história de São Paulo e da ocupação do seu território por imigrantes, fazendeiros e empresas de colonização.
Adhemar de Barros (1901-1969)
O fundo Adhemar de Barros tem seu ponto alto, quanto ao volume, nas mais de 11.000 fotografias que documentam majoritariamente sua extensa vida pública como político profissional retratando desde campanhas eleitorais até suas atividades como interventor, governador e prefeito. Este conjunto documental tem também a peculiaridade de conter documentação significativa (iconográfica e textual) relativa à Leonor Mendes de Barros, muito presente na vida pública do marido, ativista de várias causas assistenciais, além de ações políticas ligadas ao espectro ideológico conservador.
Altino Arantes (1876-1965)
Altino Arantes Marques foi eleito presidente (governador) do estado de São Paulo em 1916, e governou até 1920. Também foi deputado federal e o primeiro presidente do Banespa, participou do movimento constitucionalista de 1932 e foi presidente do Partido Republicano (PR). Em 1950 foi candidato à vice-presidente da república na chapa de Cristiano Machado, quando foi eleito Getúlio Vargas. Altino Arantes manteve atividades como escritor, tendo ocupado a cadeira 33 da Academia Paulista de Letras e a presidido por 14 anos. Foi também membro e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
José Carlos de Macedo Soares (1883-1968)
José Carlos de Macedo Soares foi professor, escritor, diplomata, empresário e fundou e administrou importantes instituições como IBGE. Entre suas funções públicas destacam-se sua passagem pelo Ministério das Relações Exteriores, pela Secretaria do Interior do Estado de São Paulo em 1930 e a Interventoria Federal em São Paulo entre 1945 a 1947. O acervo do titular mostra a riqueza das atividades que desempenhou ao longo da vida e reflete parte importante da história do Estado de São Paulo e do Brasil.
Secretaria da Fazenda (1892- )
Desde sua criação em 1892, a Secretaria da Fazenda ficou responsável pela direção, controle e despesa do estado, tornando-se um espelho das transformações econômicas vividas em São Paulo. Fazem parte do fundo acervos como o da Bolsa Oficial do Café e do Instituto Paulista de Defesa Permanente do Café, que atuou de 1924 a 1986.
Diários Associados de São Paulo (1925-1979)
Os Diários Associados foram fundados nos anos 1930, como parte de uma rede nacional de comunicação que inaugurou uma nova forma de fazer jornalismo. A trajetória dos Diários Associados e do seu fundador, Assis Chateaubriand, fazem parte da história do país e oferecem uma rica amostra da vida brasileira numa época de grandes mudanças.
Movimento (1972-1981)
O jornal Movimento é um ícone da chamada “imprensa alternativa” que se desenvolveu ao longo das décadas de 1960 e 1970, incorporando vozes do movimento de resistência e oposição ao regime ditatorial e ao discurso da grande imprensa. O fundo do jornal Movimento oferece uma visão dos seus bastidores e das questões que mobilizavam a sociedade brasileira naquele momento histórico.
Júlio Prestes (1882-1946)
Júlio Prestes de Albuquerque representou o último presidente eleito do período conhecido como República Velha. O seu fundo reúne documentos pessoais, do fazendeiro, advogado e político Júlio Prestes, incluindo sua carreira como deputado, a rotina como governador e a campanha para presidente da República em 1930, além do seu exílio e ação política como fundador da União Democrática Nacional (UDN), pouco antes do seu falecimento em 1946.